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Hérnia de Disco

Dr. André Hübner – Cremers 21691

A Hérnia Discal ocorre quando há ruptura do anel fibroso, estrutura mais externa do disco que tem forma circular como um anel e sua função é conter o núcleo pulposo (gel do disco). Os discos vertebrais estão localizados entre as vértebras, são eles que permitem a mobilidade da coluna, estabilidade e amortecimento dos impactos. As lesões discais ocorrem devido a ação do tempo, do envelhecimento e também sofrem com a carga em levantamento de peso e com os micros traumas do dia a dia, levando as frequentes rupturas do anel, permitindo o extravasamento do núcleo que por sua vez acaba por gerar sintomas dolorosos, devido a própria lesão e também por compressão de estruturas nervosas que passam através da coluna vertebral como exemplo da dor Ciática.

Causas da Hérnia Discal

As causas das lesões são classificadas como multifatorial, desgaste pelo tempo, uso da. Coluna aos esforços físicos, causas traumáticas como quedas de altura, vibratórias, má postura.

Também são correlacionadas com fatores genéticos (familiar).

Como fazer o diagnóstico

 As hérnias costumam produzir quadro doloroso que pode ser apenas no local da hérnia, dor que inicia na coluna ou próximo a ela na musculatura para vertebral, gerando contração forte com desvios da coluna (lumbago – travamento – escoliose …).

Também poderá ocasionar dor forte local (coluna) com irradiação para o membro inferior (perna), no caso das hérnias lombares e quando for uma hérnia cervical, poderá irradiar para o membro superior (braço).

Frequentemente os sintomas são assimétricos, ou seja, gerando dor, redução de força e parestesia (formigamento) para apenas um lado do corpo, esquerdo ou para o direito, porém eventualmente poderá gerar sintomas para ambos os lados.

O exame físico pode ser bem claro, com sintomas bem marcados ou apresentar poucos sintomas esporádicos, dificultando mais o diagnóstico.

É fundamental realizar o exame do paciente de forma cuidadosa, testando a força dos membros, em cada músculo chave (inervado por cada raiz nervosa da coluna), testar os reflexos, sensibilidade da pele e sensibilidade profunda.

Também existem manobras especificas para orientar o médico no momento do exame, ex. Sinal de Lasègue – elevação da perna estendida o que provoca dor forte irradiada pelo membro abaixo.

Após esta etapa inicial da história relatada pelo paciente e exame físico, havendo uma hipótese de diagnóstico de hérnia de disco, solicitaremos exames adequados, para auxílio do diagnóstico definitivo. Ex. Raio -X, Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética, ficando a critério médico a indicação dos exames que possam ser uteis.

Como são classificadas as Hérnias: As hérnias são incialmente localizadas quanto a região o seguimento que são eles: cervical, dorsal ou lombares.

Após isto são identificadas quanto ao nível, ou seja, em que ponto de cada segmento da coluna ex. a coluna lombar tem geralmente cinco vértebras, a hérnia poderá estar localizada entre L4 e L5.

As características de cada hérnia podem variar, ser apenas uma pequena protrusão ou abaulamento ou ser uma grande hérnia chada de extrusão.

Em relação ao canal vertebral as hérnias poderão encontrar-se ao centro ou mediana, centro lateral, lateral, foraminal e extra foraminal.

Tratamento Conservador: O tratamento conservador poderá trazer benefício para a maioria dos casos próximo de 80% das hérnias, para aquelas que não apresentarem em seu quadro clínico alterações neurológicas (perda de força, redução de sensibilidade, alterações de reflexos, alterações dos esfíncteres) fatores de exclusão do tratamento conservador.

A base do tratamento conservador é o controle da dor, redução da contratura muscular, para isto utilizamos medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), anti-inflamatórios esteroides (Corticoides), relaxantes musculares, repouso temporário de atividades físicas e laborais.

Associado a condução do tratamento com avaliação e acompanhamento de fisioterapeutas, no relaxamento muscular, mobilização articular, tratamento da dor, medidas anti-inflamatórias, orientações posturais e. ergonômicas.

Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico é uma das escolhas para a minoria dos casos, naqueles onde existe dor refratária ao tratamento conservador, pacientes que apresentarem alguma forma de alteração neurológica como perda de controle esfincteriano (ex. controle da urina), perda de força, sensibilidade ou de reflexos.

Os tratamentos cirúrgicos cada vez evoluem no sentido de gerar mínima invasão com cortes pequenos, reduzindo as alterações estruturais da coluna vertebral, sendo o tratamento ainda de escolha, chamado de Gold standard (padrão ouro) a micro discectomia, ou seja, cirurgia por corte muito reduzido 1,5cm a 2cm, com auxílio de lentes para magnificação (lupas/microscópio) e fonte de luz central.

Complicações

As complicações são cada vez mais reduzidas, quando bem avaliado o paciente e seu quadro clínico de saúde geral.

As complicações correlacionadas diretamente com o ato cirúrgico são de ordem neurológicas com permanência de sintomas como formigamento, perda de força parcial, fístula liquórico e infecções, e dor residual chadas de síndrome pós-laminectomia (pós cirurgia de hérnia de disco).

Outros Tratamentos

A cirurgia foi muito tranquila. Os Drs são excelentes. Me sinto nova e voltei a fazer as minhas atividades.

Patrícia Constantinópla
Cirurgia da Coluna